02 dezembro 2005

Meninos da mamã, bufos e ranhosos...



Nota prévia: Não sou eleitor nas presidenciais!

No meu tempo de liceu era assim que se distinguiam os putos:
- “Meninos da Mamã” - aqueles não faziam nada de perigoso, arriscado ou ofensivo, consideravam-se acima de qualquer suspeita, constituiam-se num grupo separado do povo em geral. As actividades dos outros não lhes interessava de todo! Suponho que hoje estejam escondidos em algum partido de direita (democracia cristã?), em organizações religiosas para leigos (Opus Dei), ou então profundamente deprimidos...
- “Bufos” - seres desprovidos de qualquer consciência, que sabiam onde estava o poder e com ele colaboravam em busca de uma qualquer benesse. Denunciar os outros era a sua actividade principal. Suspeita-se que não podiam ser de esquerda!
- “Ranhosos”, também conhecidos por “Queixinhas”, mais desprezíveis que anteriores, pois não é o beneficio próprio que o move, apenas o vil e egoísta sentimento de poderem apontar o dedo a alguém em público. Apenas porque suspeitam que esse é o desejo do seu “dono” (chefe, patrão, professor,...). Sendo um acto passional, não tem um resquício que seja de coerência ou lógica, vêm apenas o que querem! Infelizmente estão presentes em todos os grupos sociais;

Para ilustrar melhor este postal, uso como exemplo o triste espectáculo circense no Palácio de São Bento na última aprovação do Orçamento do Condomínio. Então vejamos: O Poeta deputado, vice-presidente da assembleia e candidato presidencial faltou à referida votação.
Os “Ranhosos” logo deram a sua contribuição à “Res Publica”! E os “Ranhosos” porquê? Porque não podem ser “Meninos da Mamã” porque estes estariam a cima destas “trivialidades” e estariam sentados mais à direita; Os Bufos teriam denunciado todos os deputados faltosos! Ao que parece na bancada do Poeta foram mais de 4 dezenas.
E nas outras? Mais quantos?

Uma das consequências da ubiquidade dos “Ranhosos” é: Revelarem-se quando menos se espera.

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