14 dezembro 2005

Nem de propósito!

Ontem a madame da Casa Republica defendeu a legalização da profissão “mais velha do mundo”, fica-lhe bem o gesto.
Não esquecer as suas origens, recordar os companheiros de estrada, e garantir uma velhice digna a quem sempre dedicou a sua vida ao bem-estar dos outros… A legalização, obviamente, passa pela a obrigatoriedade efectuar os respectivos pagamentos à segurança social e ao fisco. Ora, a dignidade profissional está assegurada por esta via .
Claro que esta proposta encontrou opositores à esquerda, e à direita. Os primeiros quando falam de classe trabalhadora estão apenas a pensar em operários, pescadores, agricultores, enfim sector primário. São os defensores do trabalho suado e manual. Manual sim! Mas com calos;
Os da direita acham que não se pode misturar trabalho com prazer, mais, prestar bem-estar a terceiros é um acto voluntário e de caridade, serve apenas o supremo propósito descontar em benefício dos “pecados terrenos”.
Se estas razões doutrinárias pesam muito, a razão que os coloca, ambos, de acordo é:
Com a legalização das meretrizes, poderia haver um conflito de definição funcional e social entre as putas e os deputados, ambos praticam sexo com o povo em geral, ambos cobram pelos seus préstimos.

Porém os deputados ou políticos em geral, refugiam-se socialmente mostrando as credenciais profissionais anteriores, e.g. Professores, Médico, Advogados (que exercem), Economistas, Afinador de Máquinas, etc…

Ou seja, no limite todos os políticos poderiam ter uma profissão de referência aos olhos dos eleitores. O que seria certamente uma promoção para os que não tem profissão definida para além de políticos, mas para os outros seria claramente o contrário.

Por mim, a legalização/liberalização deveria ocorrer já! O estado português promove neste mercado uma situação de Monopólio, existe apenas com uma rede de bordéis legalizados. Organizado em 3 níveis: Luxo com 230 profissionais em São Bento, Executiva com 308 delegações regionais, Económica com 4251 casas de passe.
Como qualquer economista pode confirmar, o monopólio não é a melhor solução do ponto de vista dos clientes. A liberalização é o caminho! Quero poder escolher...

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