21 dezembro 2005

Os candidatos e os automóveis.

Ontem houve debate. Neste momento tudo o que pudesse ser relevante já foi comentado.
No entanto, sobram dois detalhes:

O primeiro é apenas um preciosismo. A elegância no trato é relevante. No debate de ontem verificou-se a suprema vitória da ausência de urbanidade. A repetida utilização da palavra “ELE” em contextos como: “Ele não tem…” , Ele não fez…”; Ele é …, etc , por oposição ao tratamento proposto pelo outro interveniente que se fixou no adequado “Sr. Dr.”.
Uma triste constatação


O Segundo é bem mais interessante. Os automóveis usados pelas candidaturas:

Lancia Thesis – Este automóvel é sem dúvida um carro com imagem arrojada, serve bem os seus propósitos. Mas não deixa de ser um carro para “dar nas vistas” cujo o objectivo é impressionar durante os primeiros seis meses. Findo este prazo há que procurar outro. Basta andar um pouco nas estradas portuguesa para perceber como é o perfil-tipo do utilizador de carros italianos.
Os italianos apresentam sistematicamente os carros com o design mais arrojado, no entanto são poucos os modelos que mantém o “glamour” passados 2 ou 3 anos, imagine-se passados dez anos.
Da historia: É uma marca com pergaminhos, quer desportivos, quer na exibição de classe e que ainda defende a sua imagem garbosamente.
Após uns anos difíceis foi integrada no grupo FIAT em 1972. o que lhe permitiu atingir grande evidência em meados da década 80 e que se prolongaram por 10 anos...
Receia-se que desapareça a curto prazo.

BMW série 7 – É um automóvel elegante, discreto, funcional, e luxuoso. Ser tiver uma motorização a diesel, poder-se-ia afirmar que estamos perante um provinciano que quer aparecer (num carro daquele valor, a economia no combustível seria certamente um paradoxo), se for a gasolina é certamente alguém que percebe a essência das coisas. Quando é novo, é novo! Quando é velho diz-se que é fiável. A maior parte dos portugueses não sabe distinguir entre o último e o penúltimo modelo desta série, sinónimo de consistência na imagem.
Da história: Foi uma das grandes marcas antes da 2ª Guerra mas as instalações ficaram no lado “vermelho da Europa”... A marca sobreviveu produzindo motociclos no pós-guerra, do lado de cá, e nos anos 70 do século passado voltou aos automóveis. Actualmente, voltou a impor-se como uma das “Grandes”, aliando uma imagem desportiva à classe, sem descurar a fiabilidade.

Se isto não é uma coincidência…
Então é mais um acto do retorcido humor Divino!

Sem comentários: